quarta-feira, 20 de junho de 2012


Ilustração – Os três conselhos

Um casal de jovens recém-casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio
                                                                                    do interior.
Um dia, o marido fez a seguinte proposta a esposa: – Querida, eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arrumar um emprego e trabalhar até ter condições para voltar e dar-te uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe, só peço uma coisa, que você me espere e, enquanto estiver fora, seja fiel a mim, pois eu serei fiel a você.
Assim sendo, o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudá-lo em sua fazenda.. O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar, no que foi aceito. Pediu para fazer um pacto com o patrão, o que também foi aceito. O pacto seria o seguinte: – Me deixe trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir, o Senhor me dispensa das minhas obrigações. – Eu não quero receber o meu salário. Peço que o Senhor o coloque na poupança, até o dia em que eu for embora. – No dia em que eu sair o Senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho. Tudo combinado. Aquele jovem trabalhou durante vinte anos, sem férias e sem descanso. Depois de vinte anos, chegou para o patrão e disse:
- Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa.
O patrão então lhe respondeu: – Tudo bem, afinal, fizemos um pacto e vou cumpri-lo, só que antes, quero lhe fazer uma proposta, tudo bem? – Eu lhe dou todo o seu dinheiro e você vai embora, ou eu lhe dou três conselhos e não lhe dou o dinheiro e você vai embora. Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos e se eu lhe der os conselhos eu não lhe dou o dinheiro.
- Vá para o seu quarto, pense e depois me de a resposta. Ele pensou durante dois dias, procurou o patrão e disse-lhe: – Quero os três conselhos. O patrão novamente frisou: – Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro. E o empregado respondeu: – Quero os conselhos.
O patrão então lhe falou: 1. Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida; 2. Nunca seja curioso, pois a curiosidade pode ser mortal;
3. Nunca tome decisões em momentos de ódio ou de dor, pois você pode se arrepender e ser tarde demais. Após dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não era tão jovem assim: – Aqui você tem três pães, dois para você comer durante a viagem e o terceiro é para comer com sua esposa quando chegar a sua casa. O homem então, seguiu seu caminho de volta, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava. Após o primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que o cumprimentou e lhe perguntou: – Pra onde você vai? Ele respondeu: – Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por esta estrada. O andarilho disse-lhe então: – Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que “é muito melhor” e você chega em poucos dias. O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando se lembrou do primeiro conselho, então voltou e seguiu o caminho normal. Dias depois, soube que o atalho levava a uma emboscada.
Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, achou uma pensão à beira da estrada, onde pôde hospedar-se. Pagou a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir. De madrugada, acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito. Quando estava abrindo a porta, lembrou-se do segundo conselho.
Voltou, deitou-se e dormiu. Ao amanhecer, após tomar o café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia ouvido um grito e ele disse que tinha ouvido. O hospedeiro disse: E você não ficou curioso? ele disse que não. No que o hospedeiro respondeu: – Você é o primeiro hóspede a sair vivo daqui, pois meu filho tem crises de loucura; grita durante a noite e quando o hospede sai, mata-o e enterra-o no quintal. O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso por chegar a sua casa. Depois de muitos dias e noites de caminhada… Já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça de sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta de sua esposa. Estava anoitecendo , mas ele pôde ver que ela não estava só. Andou mais um pouco e viu que ela tinha entre as pernas, um homem a quem estava acariciando os cabelos.
Quando viu aquela cena, seu coração se encheu de ódio e amargura e decidiu-se a correr de encontro aos dois e a matá-los sem piedade. Respirou fundo, apressou os passos, quando se lembrou do terceiro conselho. Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar uma decisão.
Ao amanhecer, já com a cabeça fria ele disse: – Não vou matar minha esposa e nem o seu amante. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes, quero dizer a minha esposa que eu sempre fui fiel a ela. Dirigiu-se à porta da casa e bateu. Quando a esposa abre a porta e o reconhece, se atira ao seu pescoço e o abraça afetuosamente. Ele tenta afastá-la, mas não consegue. Então, com lágrimas nos olhos, ele lhe diz: – Eu fui fiel a você e voê me trai.
Ela espantada lhe responde: – Como? Eu nunca te traí, esperei durante esses vinte anos!
Ele então lhe perguntou: – E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer?
E ela lhe disse: – Aquele homem é nosso filho. Quando você foi embora, descobri que estava grávida. Hoje ele está com vinte anos de idade. Então o marido entrou, conheceu, abraçou seu filho e contou-lhes toda a sua história, enquanto a esposa preparava o café. Sentaram-se para tomá-lo e comer juntos o úúltimo pão. Após a oração de agradecimento, com lágrimas de emoção, ele parte o pão, e ao abri-lo, encontra todo o seu dinheiro, o pagamento por seus vinte anos de dedicação e trabalho.
1.Cuidado com o atalho, as pensamos que ele nos faz chegar mais rápido, porém nem sempre isto é verdade. Queimar etapas, pode ser uma atitude néscia; 2. Cuidado com a curiosidade, com o querer saber além daquilo que convém saber; 3. Nunca tome atitudes importantes por impulso, principalmente na hora da raiva. Às vezes estamos em um deserto, mas não temas, Deus te dá o suprimento, mas tome cuidado com as miragens, que aparentemente são bonitas, mas levam á ilusões; ou então, surgem águas rotas, que não são adequadas, Jesus porém te oferece a água da vida. “No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba.” João 07:37.

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