Mas Jesus sabe o que o povo planeja fazer. Por isso, afasta-se rapidamente para evitar ser agarrado a força por eles. Dispensa a multidão e compele seus discípulos a entrarem no barco e a voltarem para Cafarnaum. Em seguida, retira-se para o monte a fim de orar. Naquela noite Jesus fica sozinho ali.
Pouco antes do amanhecer, Jesus olha de sua elevada posição vantajosa e observa ondas sendo levantadas no mar por um forte vento. À luz da lua quase cheia, visto ser perto da Páscoa, Jesus vê o barco em que seus discípulos lutam para enfrentar as ondas. Aqueles homens remam com toda a força.
Vendo isso, Jesus desce do monte e passa a caminhar em direção ao barco, por sobre as ondas. O barco já navegou uns cinco ou seis quilômetros, quando Jesus os alcança. Contudo, ele continua andando, como se fosse passar pelos discípulos. Quando eles o vêem, clamam: “É uma aparição!”
Jesus responde, consoladoramente: “Sou eu; não temais.”
Mas Pedro diz: “Senhor, se és tu, ordena-me ir ter contigo por cima das águas.”
“Vem!”, responde Jesus.
Em vista disso, Pedro, descendo do barco, anda por cima das águas na direção de Jesus. Mas, olhando para a ventania, Pedro fica com medo, e, começando a afundar, clama: “Senhor, salva-me!”
Estendendo imediatamente a mão, Jesus agarra-o e diz-lhe: “Ó tu, de pouca fé, por que cedeste à dúvida?”
Depois de Pedro e Jesus voltarem ao barco, o vento pára, e os discípulos ficam pasmados. Mas, deviam ficar? Se tivessem compreendido “o significado dos pães”, sabendo avaliar o grande milagre que Jesus fez poucas horas antes, quando alimentou milhares de pessoas com apenas cinco pães e dois peixinhos, não lhes devia ter sido tão surpreendente que ele pudesse andar sobre a água e acalmar o vento. Agora, contudo, os discípulos prestam homenagem a Jesus e dizem: “Tu és realmente o Filho de Deus.”
Logo chegam a Genesaré, uma bela e produtiva planície perto de Cafarnaum. Ancoram o barco ali. Mas, ao desembarcarem, o povo reconhece a Jesus e vai às regiões vizinhas, à procura de doentes. Quando estes são trazidos em suas macas e simplesmente tocam a orla da roupa exterior de Jesus, ficam completamente bons.
No ínterim, a multidão que presenciou a miraculosa alimentação dos milhares descobre que Jesus partiu. Assim, ao chegarem pequenos barcos de Tiberíades, as pessoas embarcam neles e rumam para Cafarnaum à procura de Jesus. Quando o encontram, perguntam: “Rabi, quando chegaste para cá?” Jesus os repreende, como veremos em breve. João 6:14-25; Mateus 14:22-36; Marcos 6:45-56.
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